Dilma Rousseff (PT)
derrotou o senador Aécio Neves (PSDB) nas urnas no segundo turno das
Eleições 2014 deste domingo (26) e foi reeleita para a Presidência da
República para governar o Brasil por mais quatro anos, entre 2015 e
2018.
A candidata
Com 100% das urnas apuradas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a
candidata alcançou 51,64% dos votos válidos até o momento, possui 54,4
milhões de votos e, matematicamente, não pode mais ser ultrapassada por
Aécio Neves, que chegou aos 48,36% dos votos válidos e tem 51 milhões de
votos.
Na sétima eleição do País após a redemocratização, os votos brancos
somam 1,71% do total (1,9 milhão), e os nulos são 4,64% (5,1 milhões)
neste momento. A abstenção no segundo turno das eleições gira em torno
dos 21,07% (29,8 milhões). O Brasil tem 142,8 milhões de eleitores.
Em 2010, Dilma Rousseff (PT) venceu José Serra (PSDB) nas urnas no
segundo turno com 55,7 milhões de votos, contra 43,7 milhões de votos do
tucano. Primeira mulher a ser eleita em 2010 e reeleita em 2014, Dilma
será a 41ª presidente da história do Brasil.
Trajetória política
A carreira política de Dilma começou em Porto Alegre (RS), quando
ajudou a fundar e se filiou ao PDT e se tornou assessora do partido na
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul no final da década de 1980.
Também foi secretária de Fazenda de Porto Alegre, presidiu a Fundação
de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul e secretária de Energia e
Comunicação do Rio Grande do Sul.
A carreira política começa a decolar, porém, quando assume o Ministério
das Minas e Energia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva em 2002. Três anos depois, em 2005, substitui o então ministro
José Dirceu na Casa Civil. Ela se torna a “mãe do PAC” e impulsiona o
programa Minha Casa Minha Vida.
Em 2010, Lula escolhe Dilma para sucedê-lo na Presidência da República.
Nas eleições daquele ano, Dilma derrota José Serra (PSDB) nas urnas. Em
2014, ela volta a vencer o partido tucano para permanecer mais quatro
anos no Planalto.
Dilma liderou as pesquisas eleitorais e confirmou vantagem na urna
Ichiro Guerra/26.10.2014/Divulgação
Campanha eleitoral
No primeiro turno das Eleições 2014, Dilma enfrentou outros dez
adversários na corrida ao Planalto — com especial destaque para o
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), então vivo; Marina
Silva (PSB), que substituiu o pernambucano; e seu rival até o fim da
votação, Aécio Neves (PSDB).
No início da campanha, as pesquisas eleitorais indicavam que Aécio
Neves seria seu principal adversário até a reeleição. No entanto,
Eduardo Campos se apresentava como a terceira via e também recebia
expressiva manifestação de voto.
Com a morte de Campos, porém, Marina Silva assumiu a cabeça da chapa e o
cenário eleitoral mudou. Ela ultrapassou Aécio nas pesquisas e assumiu o
segundo lugar – atrás exatamente de Dilma. No primeiro turno, porém,
Aécio se destacou nos últimos debates eleitorais e Marina sucumbiu aos
ataques que recebeu dos adversários via imprensa. O tucano superou
Marina e foi ao segundo turno com Dilma.
A campanha esquentou nos primeiros dias do segundo turno, com trocas de
acusações entre os candidatos e poucas propostas apresentadas. O clima
ficou mais ameno a uma semana do pleito, no debate da TV Record, quando
Dilma e Aécio evitaram polêmicas e discutiram ideias.
Na véspera do pleito, as últimas pesquisas eleitorais de institutos
como o Datafolha e MDA Pesquisa apontavam empate técnico de Dilma sobre
Aécio. Já o Ibope e o Vox Populi indicavam Dilma na frente de Aécio. As
urnas confirmaram essa tendência neste domingo, e a presidente ficará no
Planalto mais quatro anos, até 2018.
Fonte: R7.COM