Hoje, 8 de outubro,
é o dia do Nordestino. A data foi instituída em 2009, em homenagem ao
centenário do nascimento de Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como
Patativa do Assaré, poeta popular, compositor e cantor cearense. Sua vida na
infância foi marcada por momentos difíceis. Nasceu numa família de agricultores
pobres e perdeu a visão de um olho. O pai morreu quando o mesmo tinha oito anos
de idade. A partir deste momento começou a trabalhar para ajudar no sustento da
família. Foi estudar numa escola com doze anos de idade; porém, ficou apenas
poucos meses nos bancos escolares. Ganhou da mãe uma pequena viola aos
dezesseis anos de idade. Muito feliz começou a escrever e cantar repentes e se
apresentar em pequenas festas da cidade. Ganhou o apelido de Patativa, numa
alusão ao pássaro de lindo canto, quando tinha vinte anos de idade. No ano de
1956, escreveu seu primeiro livro de poesias “Inspiração Nordestina”. Com muita
criatividade, retratou aspectos culturais importantes do homem simples do
Nordeste. Após este livro escreveu outros que também fizeram muito sucesso.
Ganhou vários prêmios e títulos por suas obras. Patativa do Assaré faleceu no
dia 8 de julho de 2002 em sua cidade natal- Assaré.
Também no que concerne
a referida data, trata-se de uma homenagem ao célebre Catulo da Paixão
Cearense, maranhense de São Luís e autor da famosa música “Luar do
Sertão”. O Dia do Nordestino foi criado em São Paulo, por ser a cidade
onde vive o maior número nordestinos de todo o Brasil (com exceção do próprio
Nordeste, claro).
A cultura popular
do Nordeste é muito rica. Seu artesanato, musicalidade, religiosidade,
culinária, festividades, mitos, lendas, crendices, costumes, danças,
superstições e outras tantas formas de manifestações artísticas desse povo é
sensacional!
É dia de festejar
as praias, a comidinha maravilhosa, o calor o ano inteiro. Mas o destaque vai
para todas as pessoas nordestinas no dia de hoje; sendo inclusive importante
salientar os nomes de Jorge Amado, Luís Gonzaga, Chico Anísio, Ariano Suassuna,
Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos, Gilberto Freyre, Raul Seixas, Gilberto
Gil, Gal Costa, Elba Ramalho, Zeca Baleiro e de tantos, tantos, tantos outros
que encantaram com sua literatura, música, com sua arte o Brasil e o mundo.
“Eu
sou de uma terra que o povo
padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome-+
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.”
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome-+
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.”
(Patativa do
Assaré)
Fonte: Secretaria
Municipal de Cultura
Site:
www.secultipu.com