quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Cultura de Ipu tecendo Tributo à Valderez Soares

           Homenagem a uma grande artista da nossa terra. Não há dúvida da importância dela para a nossa Cultura. Sua vida e obra serão apresentadas através de depoimentos, da música, do teatro, do canto coral, da apresentação de suas artes plásticas e manuais.
            Uma artista completa com muito talento e dedicação.
            O evento faz parte das comemorações do Dia da Cultura e dos 10 anos da Casa de Cultura Prof.ª Valderez Soares. A arte desta ilustre filha de Ipu, de saudosa memória exprime com extraordinária felicidade o encontro de músicos, intérpretes, ex-alunos, e mostra como o talento de uma pessoa é capaz de passar de geração para geração.
            Valderez Soares doou-se ao Ipu não apenas através de sua obra artística, mas também através da educação e de sua abnegação como dirigente do Coral Santa Cecília de Ipu, que entoou louvores, elevando cânticos de suave harmonia durante as missas e eventos religiosos.
            O coral além da música sacra vai interpretar canções imortais como “Luar do Sertão”, em 3 vozes, dentre outras.
            Na ocasião, vários artistas da cidade irão se revezar no palco da Casa de Cultura para homenagear a maestrina fazendo uma retrospectiva da vida e arte da homenageada.

            A Prefeitura Municipal de Ipu e a Secretariam de Cultura são os promoventes do evento de gratidão à “Mestra da Arte” -  ícone da cultura ipuense que recebeu do Criador dons divinos. Uma história de saudade, de amor, de dedicação; enfim, sublimes sentimentos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Poesias de Autores Ipuenses


 

A crise da Bica

Rainha fui, em tempos memoráveis,
Que beleza rara eu fui,
Com fúlgidas estrelas coroada.
Nas escarpas alteradas eu morava,
Da soberba majestosa serrania
O meu trono colocado nas altura,
Trilha por pedestal a dura rocha
Da sinuosa cordilheira ibiapabana.
A minha fronte era coroada.
Com fulgurantes diademas,
Formados pelas cristalinas águas da cascata altiva,
Que extasia a todos que deslumbra a terra.
A minha fama correu os quatro ventos,
Vivi nos comentários da grande imprensa.
Corri os mundos, fui levada a longínquos continentes,
Os vates mais exímios me entoaram lôas,
Escritores e romancistas me exaltaram
Dizendo dos encantos que me enxornavam a fronte.
Fui berço de vultos legendários.
Da esbelta Iracema do Guerreiro Branco,
As minhas águas se transformavam em véu
Batidas pelo sopro macio da matutina aragem.
Lindas tranças formavam minhas torrentes,
Que dos meus ombros de precipitavam a esmo
No formidando abismo CEM METROS,
Serpenteando entre as rochas em desalinho
No leito rústico do velho Ipuçaba.
Hoje, de vez tudo mudou,
 A natureza inclemente o cerne.
Fisionomicamente não sou mais conhecida,
Estancou-se tristemente, a minha fronte,
O Arco-Íris fugiu de mim espavorido,
Eclipsada foi a minha fama,
Não tenho água, não tenho mesmo água.
Perdi a decantada e esvoaçante cabeleira,
Não tenho mais alvinicantes tranças,
Não tenho mais o deslumbrante véu de noiva.
Não tenho mais o soluço pra acordar as gentes
Nas noites solitárias e ermas,
Não dou inspiração aos nossos seresteiros
Não tenho atrativos, não tenho nada,
Resumiu a minha história num rochedo,
Hoje sou pedra... PEDRA...e tão somente pedra.

(Monsenhor Morais


 
Obra: Eu e meus versos)





Ipu, a terra prometida.

Ipu, minha querida Ipu,
Do Criador, a terra prometida,
Quero te falar deste meu indizível  amor,
Que atravessou as diversas fases da minha ivda;
E voou célere nas asas do tempo.
Transpôs o reino da fantasia,
O florescer da juventude
E se firmou na plenitude
Da vida agora. Quanta magia !
Vejo-te, minha terra amada,
Com os olhos líricos da poesia.
Pungente em tua serra
Ecoou o grito de Araquém
O velho guerreiro indígena:
Ipu! ... Ipu!... Ipu!
Surgiu teu nome da tribo Tabajara.
Depois a tenaz portuguesa te colonizou,
Dando origem a tua etnia.
Tens um passado de lutas e de glórias.
Berço de Iracema, musa inspiradora do poeta,
As tuas ruas escondem lendas e histórias,
Mexo nos lembranças guardadas
Da minha fugaz mocidade.
Relembro o Grêmio Ipuense, o Clube Juvenil,
O Movimento Jovem, minha turma lá na praça,
Dedilhando violões cantando coisas de amor,
Que hoje, lamento, não têm o mesmo valor
As tertúlias, as matinês,
As serenatas ao luar ...
Ipu, vejo-te incondicionalmente bela,
Sei que a tristeza também te atropela,
Que infelizmente deixa sequela.  ,
Sei das tuas dores e anseios.
Mas, vejo-te como a morada das emoções,
Quem tem fé, tem esperança.
Conheço tuas serras e sertões,
Tua gente sofrida, teu povo amoroso.
Ver a serra, que bela imagem reflete
O verde da bonança.
A encantadora Bica – Oh! Quanta beleza!
Louvo o grande arquiteto
Da nossa mãe natureza!
Tuas praças, tuas ruas, tuas tradições,
Saudade dos antigos casarões.
Tua secular igrejinha, Matriz de São Sebastião,
Teu solo sagrado, o nosso chão,
Fazem de ti, talvez, “ o Paraíso de Eva e Adão!”.

Grace Farias




Passos pela praça de Delmiro Gouveia

meus passos pela praça
de Delmiro Gouveia são vagarosos
por ora me deslumbro com a matriz
por ora me afeiçoou com as lembranças
pois que o jovem de mim era
não um  vagante, mas pedaço
daquela praça.
hoje, à tarde, vago em busca
da parte da praça que eu tinha
em mim.

Valdemar Neto Terceiro



Ibiapaba verde esmeralda

Ibiapaba verde esmeralda
paredão de pedra nua, vidente
de tempos antigos, tal antiga morada
do sol itinerário, do poente

verde minha serra grande
encerram-se histórias  ‘inda infantas
esquecidas às ruas da cidade uivante
é tão surda, ao verso que cantas

serra esmeralda Ibiapaba minha
que o teu canto retenha toda ternura
de sempre desse murmúrio belo que ‘inda
nasce do teu eterno véu da noiva nua

Valdemar Neto Terceiro 



O progresso
( a minha terra )

Depois de Longa ausência, voltei,
para ver o teu progresso.
Encontrei tudo mudado ...
Procurei o coreto, que enfeitava a avenida,
foi sacrificado!
Em seu lugar,
a linda índia Iracema
imponente, e orgulhosa,
com sua graça selvagem,
está ali.
 A festa do padroeiro
na secular igrejinha
o sino alegre repicar
a banda afinada
no amplo patamar, a novena,
a quermesse, retrêta domingueira,
tudo acabou ...

Talvez cheia de amargura
tombou sem vida
a frondosa mongubeira,
ao lado da velha igreja!
Só uma cousa não muda, a bica,
Beleza sem igual, trazendo o ipuçaba
rolando de mansinho, entre o canavial !!
Fui andando ... muitas surpresas,
casas modernas, fui encontrando.
Não vi aquela rodinha
no grande tamarindeiro,
parece que antigamente
a vida tinha mais vida.
a vida tinha mais cor!
Tudo diferente, muita luz ...
jardins, algumas flores,
que pareciam sem o encanto natural,
era como se fosse, cousa artificial !!
Será que a rosa, vendo tanta transformação,
resolveu também mudar?
Notei uma gota de orvalho, caindo,
caindo de suas pétalas macias.
Não resisti... por isso mais que eu tentasse,
a saudade chegou forte!
e uma lágrima rolou em minha face!
Mesmo mudada, te admiro minha cidade verde,
bonita, moderna, mas, confesso,
senti tristeza.
falta a poesia da simplicidade!
Progresso malvado, porque mudaste
aquele Ipu, o Ipu do meu passado



Autor (a) : Ana Magalhães Martins melo ( Nainha Martins)
Obra: Verso e Reverso
Fortaleza Gráfica -1996





Ipu era Assim

Ruas tranquilas,
Praças ajardinadas, boulevards
Espaços largos,
calçadas altas,
passeios, alegres,
gente! Lojas, cafés,
padaria, flertes
cinemas, teatro, circos,
retretas,
Fachada, sacadas, casas,
Escadas.
Chafarizes, estátuas,
Bustos também,
Quiosques, corretos,
Pavilhão, lampiões.
Carros, misto, ônibus.
Clube Artista Ipuense,
Palacete Iracema o Grêmio
Hotéis, pensões familiares,
Pensões divertidas,
Vila Nova,
Rua da Mangueira,
Grota das Cunhãs
Gato Preto,
Xenxém,
Bom Clima,
Mão por Baixo
Maria Maga.
Alguns palacetes,
Solares bangalôs.
Igreja, novena, leilão.
Bica, Gangão.
Futebol,
E o mais que tudo,
Gente ! ...
Que era gente!

Autor:  Francisco de Assis Martins ( Prof.º Melo )
Obra: no orvalho das manhãs
Editora: Premius, 2012




Ecos de minha saudade

Ah! Meu Ipu! Não cala a minha voz
Enquanto meu coração gritar saudades!
Sacode a minha euforia
Deixa que mesmo aos prantos eu sorria,
Esperança a minha dor
E deixa gritar o meu grito de amor
A ecoar neste paredão de pedras,
Que assusta a relva e explode meu ais.

Ai! Ai! Meu Ipu querido
Não me abraça mais, com braços viris
Não me beija mais, com lábios de mel
Não me concedes de volta, o meu chão de estrelas
Frases de amor já não me convences mais.
A minha fantasia dança nas tuas de outrora
E me vou embalando, acertando o passo
Desafiando o tempo no meu compasso
E a melodia em silencia dentro da minha alma chora.

Exausta, me arrasto e as minha forças se esvaem
E na tentativa louca de te trazer de volta
O ultraleve de te trazer de volta
O ultraleve de minha alma ainda se atreve
Em um voo de esperança e fé
Rogar aos céus marcas do passado
E nas azas da incerteza ele me diz não!
Só ela está imponente e linda
Acordando saudades, velando a paisagem
Fonte da juventude, nascente perene,
Quadro vivo, cenário divino,
Cascata cantante, meu eterno hino,

Deixa-me subir na fita métrica  de tua altura
E buscar nas lentes de meus olhos
Amores que me fizeram festas,
Braços que me ninaram,
Mãos que me afagaram.

Quero ver, ouvir e sentir
Braços dos abraços que me abraçaram
Lábios das bocas que me beijaram
Riso dos palhaços que que em fizeram gargalhar
Ipu, fonte da minha vida
Ecos da minha saudade
Onde paira o meu amor.
Itanira Soares



Saudade

Saudade
Tenho de ti minha cidade
Quando criança a brincar,
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar.

Saudade
Tenho de ti minha cidade
Quando adolescente a sonhar
Serenatas ao luar
Alguém a cantar
Para o amor exaltar.

Saudade
Tenho de ti minha cidade
A chegada do trem
Espera, partida ...
A conversa no banco da praça
Ilusões, sonhos, saudade contida.

Saudade
Tenho de ti minha cidade
A festa do padroeiro,
Tão esperada o ano inteiro,
Roupas bonitas
Anseios, conquistas.

Saudade
Tenho de ti minha cidade
Cenário verdejante
Véu de noiva esvoaçante
Palco de inspirações e de emoções.

Hoje,
Teu progresso me assusta
Cadê as crianças que brincavam de roda?
Para onde foi o trem?
E os adolescente sonhadores?
O violão, aquela voz, a canções
Onde estão

Progresso!
Realidade!
Saudade tenho de ti
Minha cidade.
Ana Lucila Ayres



O Coral de Ipu


Num verde juazeiro do sertão
A passarada alegre ali cantava.
Pasmando o viandante que passava.
N’alma sentido o viandante inspiração.

Que belos tons, que bela clarinada
Desses alados seres da natura
Que maravilham, assim a criatura
Deixando-a, totalmente inebriada.

Mais que o pássaro o homem tem poder,
De conceder sublimes melodias,
Que o tempo jamais faz esquecer.

Concerto assim, de tantas harmonia
O CORO de Ipu sabe fazer
Mandando aos céus divinas sinfonias.

(Oferecido  a Maria Valderez Soares de Paiva
Mons. Morais



Ipu Centenário

Sob o sigilo da linfa prateada
Que vivifica a gleba ao seu sopé
Nasceste Ipu, no poema do barco,
A levar sua voz num canto de fé

No tempo que passa, que avança, tu marchas,
Através da lida, da luta pra história,
Que há100 anos rege o ideal do teu jovem,
Construindo o porvir – o futuro da tua glória!

A taba guerreira gerou tua raça,
Dos mares bravios, o homem branco surgiu
Edificando na terra a nação varonil!
Conquistando da tribo a flor mais frmosa!

A buscar progresso, do passado surges,
Portanto lembranças de lutas renhidas,
Trazendo ao presente a tradição honrosa
Que é louro ao ideal e ás batalhas vencidas

Bendita sejas tu, Ipu doce terra!
Que teu centenário sempre, seja musa imortal !
Na rima do poeta que há na alma da gente,
A cantar tua saga num hino triunfal!


Conceição Viana



Desenvolvimento pela cultura

Estatísticas mundiais mostram que durante a última década as indústrias culturais – termo criado por Adorno e Hokheimer, expoentes da Escola de Frankfurt, que designa toda a produção cultural destinada ao consumo – ganharam espaço nas agendas políticas, por conta de sua evolução contínua como fonte de geração de renda e de empregos. Em diversos países, a Economia da Cultura chega a ser responsável por boa parcela do PIB, mostrando que a união entre desenvolvimento e cultura, para além de possível, é rentável. E o que até então parecia ser uma realidade restrita a países ricos, começa a despertar o interesse de regiões em processo de desenvolvimento, porém possuidoras de um vasto patrimônio cultural. No Brasil, o tema ainda não ganhou o devido peso, iniciando o processo de migração dos bancos acadêmicos para o dia-a-dia. No entanto, ainda existe muita confusão em torno do conceito.
Por isso, antes de entrar na questão será preciso considerar o conceito de Economia da Cultura. O termo abarca o setor econômico e simbólico da cultura, como a arte, o folclore, o artesanato, a indústria cultural, o patrimônio material e imaterial, e envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais. Outro cuidado a ser tomado diz respeito à diferenciação entre Economia da Cultura e Economia Criativa, sendo esta última mais abrangente, o que inclui também o esporte, o turismo, a propaganda, a moda e a arquitetura, entre outros. Para uma ideia mais concreta, em 2006, o IBGE publicou, em parceria com o Ministério da Cultura, uma pesquisa com indicadores culturais que revelava que a Economia Criativa já respondia por 7% do PIB mundial, tendo os produtos culturais como principais itens da pauta de exportações dos Estados Unidos e representando 8% do PIB da Inglaterra à época.
Porém, como afirma a administradora pública, economista e autora do livro Economia da cultura e desenvolvimento sustentável – O caleidoscópio da cultura, Ana Carla Fonseca Reis, é delicado tomar esses indicadores como base, pois, como eles fazem parte de uma média, não refletem um setor em especial, mas a junção de vários deles. “Se formos partir para uma análise mais profunda, deveremos levar em consideração, por exemplo, processos inerentes à era digital, como a capacitação de softwares, o processamento de dados, as telecomunicações e a internet, que também compõem os quadros da Economia Criativa. É prematuro concluir que a cultura como entendemos cresce mais que os outros setores da economia”, explica.
Reis afirma que, atualmente, a globalização se tornou um paradoxo. Ao passo que o mundo fica com fronteiras cada vez mais tênues, as pessoas temem a diluição de suas identidades e buscam raízes num processo em que o local reforça o global. “O mundo está deixando de ser linear. Há um processo de aceleração da padronização de produtos e serviços. No ramo do turismo, por exemplo, o fluxo de turistas de negócios e de lazer tem crescido e estima-se que, em 2025, 1,6 bilhão de pessoas estarão viajando, transmitindo sua cultura e tendo acesso a outras. Mas essas pessoas não buscam algo padronizado; desejam o diferente, o singular, o local, e não o global”, diz. Para embasar sua fala, a administradora pública cita um conceito do economista indiano Amartya Sen, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 1998, que diz que “o desenvolvimento requer a expansão de liberdades de escolha, ou seja, não basta ter um resultado final, a pessoa deve ser capaz de pensar no processo consciente de decisão, como o voto e até o consumo consciente”. E completa: “o problema é que há gente interessada em trabalhar com cultura, mas muitos o fazem de maneira pontual ou militante, já que a atividade não é devidamente remunerada, além de não haver um processo eficiente de distribuição do material produzido. As tecnologias digitais mudam essa questão, possibilitando um fluxo maior de distribuição e difusão”. Reis afirma que o investimento em tecnologias e produtos locais é um importante fator de diferenciação. “Para o desenvolvimento local é preciso preservar e fomentar os fazeres e saberes regionais que correm o risco de extinção, uma vez que para sobreviver muitas pessoas migram para outras cidades, perdendo o contato com sua cultura de origem”.
No âmbito global, Reis explica que ainda falta um índice que mostre o repasse de oportunidades. “O mundo cresce, mas o desenvolvimento não ocorre. Há discussões que apontam o investimento em criatividade como a solução para o desenvolvimento. E há países que trabalham visando esse objetivo, apostando em educação e capacitação. Pode-se dizer que adotar uma estratégia relacionada à cultura e à criatividade seria uma forma profícua de conquistar desenvolvimento, uma vez que esses dois elementos existem no mundo inteiro”.
É nesse cenário que estão inseridos o poder público e a iniciativa privada voltados para a Economia da Cultura. “O poder público deve fazer política cultural de conteúdo objetivo e claro, de forma transversal, mesclando ações de turismo, educação e desenvolvimento. Mas isso vem regredindo no Brasil pois as alianças de extremas esquerda e direita não se falam, o que dificulta o trabalho em conjunto. Devemos tomar como exemplo os trabalhos feitos em Bogotá, Bilbao, Medellín, Londres, que hoje têm continuidade e visibilidade no mundo. Nesse sentido, a pergunta a fazer é: como adotar um modelo de investimento a longo prazo no Brasil se não há continuidade? Temos um histórico de falta de investimentos em questões estruturais como a educação, sendo que quando há alguma ação, esta valoriza a quantidade em detrimento da qualidade. Com relação ao setor privado, acredito que já é hora de começar a ver a cultura como investimento e não como gasto”, diz Reis.
Para o pesquisador da Unicamp e autor do livro Arte, Privilégio e Distinção, José Carlos Durand, a educação cumpre um papel fundamental para uma orientação direcionada à cultura: “Por mais que se critique a qualidade da educação no Brasil, a inclusão escolar que estamos vivenciando a passos largos é muito auspiciosa como pré-requisito para o incremento da vida cultural a médio e longo prazos”, afirma. Nesse sentido, o avanço tecnológico da mídia digital é apontado por ele como um fator de barateamento da cultura para o consumidor final, o que colaboraria para o desenvolvimento da Economia da Cultura do País. “É um barateamento também para o artista iniciante, que pode preparar uma matriz – um disco, um livro – sem sair de casa. Com isso, produz os exemplares necessários para tentar se lançar”, conclui.
A economista Ana Carla Fonseca Reis acredita que um investimento contínuo em cultura, do ponto de vista simbólico e identitário, “levaria os seus diversos agentes a tratar a questão de forma séria, o que se desdobraria em estatísticas periódicas e políticas integradas. Acho que o Brasil tem tudo para desenvolver uma forte Economia da Cultura”, finaliza.
Laís Nitta e Priscila Fernandes/ Blog Acesso

MARIA VALDEREZ SOARES DE PAIVA

Nasceu em Ipu no dia 03 de novembro de 1922, em plena Semana de Arte Moderna realizando-se no Rio de Janeiro. Faleceu no dia 23 de janeiro de 1999. Filha de: Gonçalo Soares de Oliveira e Terezinha Soares de Paiva. Iniciou seus estudos no Instituto São Luiz em Ipu, onde concluiu o seu antigo Curso Primário. Cursou na Escola Normal Rural de Ipu, o Curso Complementar que correspondia ao antigo Ginasial, hoje Curso de Ensino Fundamental. Fez estudos no Patronato Sousa Carvalho cursando o Normal Pedagógico Fez o curso da CADES em Fortaleza, com especialização em música, matéria que lecionou por muitos anos no Patronato Sousa Carvalho e Colégio Ipuense, ministrou ainda as disciplinas de: Desenho, Educação Artística e Canto Orfeônico. Foi promotora de vários eventos Culturais Artísticos e Literários em parceria com a professora Valdemira Coelho. Na sua residência na rua Cel.Pedro Aragão antiga Rua da Goela criou e lecionou numa Escola de Música para Acordeom, Harmônio, Bandolim, Solfejos e Teorias Musicais. Criou com alguns ipuenses uma trupe teatral que Chamou de Ernestina Magalhães, onde participou como Atriz das mais capacitadas. Criou ainda, uma Escola de Pintura, que muito contribuiu para o aprendizado de nossa juventude, deixando vários de seus alunos aptos para desenvolverem as Artes Plásticas. Desenvolveu ainda uma outra atividade, ensinando a Arte Culinária. Criou o “Coral Santa Cecília”, formado por homens e mulheres; o “Conjunto Santa Cecília” que se apresentavam nas festividades da cidade principalmente nas solenidades da Igreja, não deixando de atender as festas de Casamento, Aniversários e Coroações de Nossa Senhora. O conjunto “Santa Cecília” era formado por uma Sanfona Executada pela própria Valderez, Violão, Bandolim, Voz e Percussão. Compositora dos Hinos do Centenário da Cidade de Ipu em 1985 e do Jubileu de Prata do Patronato Sousa Carvalho e muitos outros Cânticos Sacros. Foi da Pia União das Filhas de Maria e da Cruzadinha Infantil. No dia Universal da Música – Dia de Santa Cecília, padroeira da música promovia várias solenidades como: Missas, Shows Artísticas Serenatas e outros mais. Participava da Procissão de Passos como Verônica, percorrendo toda via-sacra. Valderez era Maestrina, tocava com perfeição o Acordeom, Harmônio, Teclado Eletrônico, Bandolim, Violino e Escaleta. Recebeu na cidade várias comendas pelos seus méritos que se distinguem com muita intensidade em todos os ramos das artes. Hoje a cidade de Ipu num reconhecimento inconteste homenageia Valderez Soares com o nome da primeira Casa de Cultura que leva o seu nome. Ipu, 10 de abril de 2003. Francisco de Assis Martins (Professor Mello)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ipu - Terra de Iracema " A Virgem dos Lábios de Mel".

'... Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria os sertões e as matas de Ipu..."

REDES SOCIAIS

 
Design by | OVM NET - Temas |OVM NET