A 13ª edição do Festival Música da
Ibiapaba (MI) está com inscrições abertas a partir de hoje, 20 de junho, até 4
de julho. Durante os oito dias do evento, que ocorre de 22 a 29 de julho, em
Viçosa do Ceará, serão oferecidas oficinas e workshops, ministrados por
professores de diversas partes do País. Inscreva-se pelo site http://mapa.cultura.ce.gov.br/projeto/642/.
São 400 vagas destinadas a
estudantes da rede pública estadual e outras 200 para o público em geral. A
curadoria é do maestro da Osuece, o pernambucano Alfredo Barros, de Amilson
Godoy, regente da Orquestra Sinfônica Arte Viva, de São Paulo, e do produtor
musical, Daniel Ganjaman.
Realizado
pela Secult, por meio do Instituto Dragão do Mar,
em
parceria com a Seduc, o evento ocorre de 22 a 29 de julho
O Festival Música
da Ibiapaba (Mi), realização da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará
(Secult), chega à 13ª edição cheio de novidades. O evento de formação musical,
que ocorre em Viçosa do Ceará de 22 a 29 de julho, é um dos mais reconhecidos
do calendário cultural do Estado e uma das /principais ações de interiorização
da política cultural. Este ano, o “Mi”, como está sendo chamado, se aproxima
das sonoridades contemporâneas, ganha nova identidade visual, um apelido, a
curadoria de grandes nomes da música cearense e nacional, além de um patrono, o
maestro cearense Alberto Nepomuceno.
Realizado pelo
Governo do Estado do Ceará, por meio da Secult e do Instituto Dragão do Mar, em
parceria com a Secretaria da Educação, o “Mi” traz nesta edição mais
diversidade às ações formativas e à programação artística.
O secretário da
cultura do Estado, Fabiano dos Santos Piúba, comenta o novo momento do evento.
“A identidade do festival é a formação. O Festival Música da Ibiapaba traz em
sua gênese a formação. Essa identidade se mantém e se renova, mas estamos
buscando novas dimensões, estabelecendo conexões do Festival com a música em
suas vertentes erudita, popular e contemporânea e de como isso se traduz em sua
programação. Estamos falando de um festival que existe desde 2004 e que precisa
passar por uma ressignificação, seja no seu conceito, na sua programação
artística e na conexão com outros setores das artes, da economia da cultura, do
turismo, da artesania, da gastronomia e com o próprio patrimônio cultural da
cidade de Viçosa do Ceará e da região da Ibiapaba”, diz.
Paulo Linhares,
presidente do Instituto Dragão do Mar, lembra que, com o novo formato, o
Festival amplia seu alcance. “As experiências estéticas, que vão desde a música
erudita, passando pela instrumental, às raízes populares, essa fusão de
experiências, fundamental para a formação, ganha agora também uma potência de
difusão”, explica.
Patrono
O maestro cearense
Alberto Nepomuceno (1864-1920), um dos mais importantes da história da música
nacional, surge como patrono e inspirador do “Mi”. Defensor do diálogo entre as
raízes brasileiras e a música erudita, entre a segunda metade do século 19 e
começo do século 20, o compositor, pianista e regente foi fundamental para a
construção de uma sonoridade que representasse seu povo, sem se distanciar do
que havia de melhor no cenário mundial.
“O Nepomuceno é um
dos pais fundadores do campo artístico nacional. Ele foi o primeiro grande
pensador a compreender que as matrizes da tradição popular brasileira estavam
impregnadas de grande expertise instrumental, de grande capacidade criativa, e
que o diálogo tornaria tanto a música popular quanto a própria música erudita
muito mais rica”, explica Paulo Linhares. “O festival tem esse sentido,
de incorporar a matriz instrumental brasileira e tornar esse diálogo entre
música contemporânea, erudita e popular um diálogo permanente, fértil e
enriquecedor”, conclui.
Formação e mercado
musical
Segundo a coordenadora
de artes e diversidade cultural da Secult, Valéria Cordeiro, outro aspecto
importante do “Mi” em 2017 é a introdução de discussões voltadas para a
experiência e a inserção no mercado. “Além do talento, de ter uma formação
estruturada, como o músico pode entrar no mercado, de que outras formas? Vamos
discutir as várias possibilidades de inserção desse músico, trazendo inclusive
o diálogo dos mestres da cultura com os profissionais que atuam no mercado e
que estarão no festival”, diz.
As políticas públicas
de cultura voltadas para a música também entram na programação do festival, com
o Encontro Estadual de Regentes de Bandas e o Encontro Setorial da Música, que
deve reunir o fórum estadual e os representantes das entidades ligadas ao
setor.
Com informações da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará